Estou muito perto de me aposentar e fico surpresa a cada momento com o tanto que podemos aprender com nossos alunos. Estar estagiando neste momento além de trazer muitas referências no sentido de saber fazer, saber aplicar, saber dizer me traria com certeza a facilidade de dominar aquilo que faço a um tempão, engano, pois a cada momento me surpreendo, aprendo e mudo minha opinião.
As respostas que esperamos receber de nossos alunos não dependem apenas da coerência das explicações que damos, dos procedimentos que escolhemos, mas sim das atitudes que adotamos, percebo isto, pois sinto que sou o motor que deve gerar incômodo, mudanças, questionamento e autonomia. O aprendizado tem que ter um significado para que possa gerar intusiasmo e participação. Este é o ponto mais difícil, dispertar interesse, credibilidade, confiança. Existem diferentes alternativas, apeguei-me a possibilidades e aprendi com elas. Criei diferentes caminhos para que estas possibilidades se tornassem reais e respostas começaram a surgir. Meu principal passo foi perceber que muitas vezes nossas práticas transformam-se numa segeüência de comandos muito fechados, que exige que o aluno realizem somente atividades manipuladas. Retomo e destaco o aprendizado que tive nos trabalho dos PEAS. Neles nos foram apresentado diferentes maneiras de aprender através da troca, da coletividade, da experiência de cada um, e principalmente da autonomia em poder expressar o que se pensa e compartilhar com os outros o que pensam.
Os trabalhos que ultimamente tem levado aos meus alunos começam a espelhar este aprendizado. Sei que nada é 100%, mas sei o quanto eles estão evoluindo e aprendendo a aprender e o quanto estou mudando em relação ao que realmente posso oferecer a eles.
Posso estar prestes a me aposentar mas estou fazendo uma releitura de tudo que já fiz até agora e do quanto ainda posso vir a aprender.
2 comentários:
Olá Zilma!
Este teu registro traz reflexões muito importantes especialmente para nossa profissão. Aprendemos sempre, aprendemos mais a cada dia e a proximidade da aposentadoria não representa nenhum término, mas um começo para novas possibilidades.
Acredito que nosso objetivo deva estar focado nesta postura da professora, como aquela que provoca, incomoda e, assim põe em movimento a construção de saberes. Neste processo, como definir 100%, se podemos avançar sempre mais?
Abraços, Cátia
PS. após um período de ausência, a retomada nas postagens do blog está com toda força. Segue assim, buscando manter a regularidade e frequência nas postagens para podermos acompanhar teus processos de aprendizagens.
Olá Zilma!
Percebi alguns erros de digitação em nesta tua postagem. Sugiro que utilize o revisor ortográfico do blogger que destaca palavras não reconhecidas pelo dicionário e auxilia na correção.
Qualquer dúvida entre em contato.
Abraços, Cátia
Postar um comentário