DIFERENTES CAMINHOS

As coisas estão indo tão bem que meu entusiasmo tomou conta de tudo que tenho feito com os alunos, eles estão bastante interessados com o projeto MUNDO dos ANIMAIS, os diferentes caminhos que a internet proporciona está dando uma visão renovadora aos meus planejamentos. Às vezes me planejo para uma determinada ação e os questionamentos ou descobertas que eles realizam durante as pesquisas e durante a formulação das descobertas levam o grupo a novas ações, isso é bárbaro, por que representa o quanto estão envolvidos e interessados.
As últimas aulas que dei me fizeram repensar nas ações que temos em sala, da autonomia que pouco proporcionamos, dos planejamentos baseados no conteudismo que praticamos por termos que vencer o que nos pedem, porém a um tempo venho provando a mim mesma que as mudanças devem ocorrer principalmente nas ações, nas nossas formas de proporcionar descobertas, de favorecer discussões, questionamentos e conclusões. Lourenço Filho ao idealizar a Escola Nova defendia uma escola não apenas preocupada com a aprendizagem dentro dos limites de sala de aula mas principalmente uma escola que deixasse de ser um local onde os alunos estivessem sempre em silêncio ou sem qualquer comunicação entre si, que favorecesse o trabalho em comunidade. O uso da internet nas minhas atividades de sala de aula mostram esta grande possibilidade, pois vejo meus alunos ultrapassarem os limites dos muros da escola e navegarem pelo mundo e com estas ações acabam elaborando novas rotas de pesquisas para suprirem novas curiosidades; este movimento todo gera um interesse coletivo que provoca discussões, questionamento, cooperação, coletividade, em fim.
Considero que estes caminhos são prazerosos, os alunos crescem juntos, nas descobertas, na coletividade, com as idéias e com as novas expectativas que são constante, porém meu trabalho é três vezes maior, pois os caminhos que muita vezes indico nem sempre são absorvidos pelos alunos, então preciso elaborar outras ações e outros planos que deverão ir ao encontro destas novas expectativas. A autonomia gera estes movimentos, pois deixamos de ser o papel principal do aprendizado dos alunos para sermos os motivadores, interlocutores desta aprendizagem.